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Lula sanciona Projeto de Lei que agrava pena de feminicídio por até 40 anos

Lula sanciona Projeto de Lei que agrava pena de feminicídio por até 40 anos

Lula sanciona Projeto de Lei que agrava pena de feminicídio por até 40 anos – Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (9) o Projeto de Lei nº 4.266/2023, que transforma o feminicídio em um crime autônomo e aumenta as penas para até 40 anos de reclusão, a maior prevista no Código Penal. Com essa medida, o governo busca intensificar o combate à violência contra as mulheres no Brasil.

A lei estabelece penas de 20 a 40 anos para o crime de feminicídio — matar uma mulher por razões de gênero — e também amplia as sanções para crimes como lesão corporal e violência doméstica. Outra mudança significativa é o reconhecimento do feminicídio como crime hediondo, bem como a alteração na Lei Maria da Penha, que endurece as punições para o descumprimento de medidas protetivas de urgência.

Adicionalmente, a nova legislação prioriza a tramitação dos casos relacionados e garante a gratuidade de justiça. Para a senadora Margareth Buzetti (PSD/MT), autora da proposta, transformar o feminicídio em crime autônomo é essencial para garantir maior proteção às mulheres e combater a impunidade. A medida também permitirá o monitoramento preciso de dados sobre o feminicídio, facilitando a formulação de políticas públicas mais eficazes.

A ministra Cida Gonçalves destacou que, além do endurecimento das penas, a nova lei “traz elementos fundamentais para que possamos construir um país sem feminicídio, sem impunidade, garantindo a vida e a segurança de todas as mulheres brasileiras”.

“Ao lado da ministra Cida Gonçalves, sancionei um projeto de lei que agrava a pena de feminicídio, aumentando a mínima de 12 para 20 anos, podendo chegar até 40 anos, além de aumentar as penas de outros crimes contra as mulheres. O nosso governo está comprometido com a Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero”, escreveu o presidente Lula em suas redes sociais.

O projeto teve como relatores no Congresso Nacional as deputadas Delegada Katarina (PSD/SE) e Gisela Simona (União/MT), e no Senado, o senador Alessandro Vieira (MDB/SE).