Saúde

Setembro Amarelo – Psicóloga Clínica do HRSP fala sobre a campanha de prevenção do suicídio

O mês de setembro está quase terminando, mas se mantém firme a importância de discutir a campanha Setembro Amarelo – mês de prevenção ao suicídio. No Hospital Regional São Paulo (HRSP), o assunto tem sido abordado durante as últimas semanas, por meio de ações internas, com os colaboradores e via redes sociais.

 

Uma das iniciativas é uma palestra, marcada para essa quinta-feira (29), com o tema “A vida também é uma escolha”. O evento, exclusivo para colaboradores, será conduzido pelo psiquiatra Jacson Luís Furlanetto e pelo Psicólogo Fábio Augusto Lise. A programação será transmitida ao vivo, através do Facebook do hospital, a partir das 14h.

Sobre a campanha Setembro Amarelo, a Psicóloga Clínica do HRSP, Isabela Bordignon, esclarece dúvidas e explica como ajudar ou buscar ajuda. Confira!

 

O QUE É O SETEMBRO AMARELO E QUAL O OBJETIVO DA CAMPANHA?

Trata-se de uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio.  Tem como ideia pintar, iluminar e estampar o amarelo nas mais diversas resoluções, garantindo mais visibilidade à causa.

 

OS NÚMEROS DEMONSTRAM QUE É IMPORTANTE FALAR SOBRE ISSO. NO ENTANTO, FALAR EM SUICÍDIO NÃO FÁCIL. COMO A SOCIEDADE PODE ABORDAR ESSE ASSUNTO?

Estima-se, segundo pesquisadores, uma ocorrência  global  de  800  mil  casos  de  suicídio  anualmente,  a  maioria  ocorrendo  em  países ainda em desenvolvimento.  Tendo  em  vista  o  impacto  global  do  comportamento  suicida  e  a  relevância  de  se  desenvolverem  estratégias  de prevenção eficazes, verificamos a importância da temática ser abordada como forma de conscientização, como o que ocorre durante o mês de setembro com a campanha do “Setembro Amarelo”.

 

É POSSÍVEL IDENTIFICAR UMA PESSOA QUE ESTEJA PENSANDO EM SUICÍDIO?

Muitas vezes a pessoa em sofrimento consegue demonstrar através de certos comportamentos e ações, mas não é possível generalizar. Cada sujeito sente de uma forma, o sofrimento muitas vezes acaba por ser muito silencioso.

 

CASO TENHAMOS UM FAMILIAR OU AMIGO NESSA SITUAÇÃO, COMO PODEMOS AJUDAR ESSA PESSOA? DE QUE MANEIRAS, ESSAS PESSOAS PODEM BUSCAR AJUDA?

Podemos ficar atentos a certos comportamentos e sinais que muitas vezes os sujeitos em sofrimento podem manifestar. Cabe ao familiar ou o amigo acolher e escutar o que a pessoa em sofrimento tem a dizer. Nem sempre a pessoa em sofrimento estará disposta a conversar sobre isso, cabe a nós orientarmos e comentarmos o benefício da busca por ajuda, pela busca profissional. Quando a pessoa consegue sentir que está conversando com alguém aberto a escutá-la, ela poderá pensar em outra saída que não o suicídio. Poderão buscar auxílio através das Unidades Básicas de Saúde, onde receberão atendimento de saúde mental. Redes socioassistenciais como CAPS também podem ser buscadas pelo sujeito.

 

EXISTE ALGUMA MENSAGEM QUE VOCÊ PODE DEIXAR PARA QUEM ESTÁ SOFRENDO?

Lembrando, você não está sozinho. Busque auxílio de profissionais especializados, assim você estará amparado. É preciso lembrar que essa tempestade vai passar, compartilhando o que dói e machuca é o caminho inicial para passar por essa batalha.

 

Informações e foto Ascom HRSP