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Santa Catarina reforça vigilância sanitária após alerta de gripe aviária no país

Santa Catarina reforça vigilância sanitária após alerta de gripe aviária no país

Santa Catarina reforça vigilância sanitária após alerta de gripe aviária no país – foto Cidasc

Nos últimos dias, o Brasil registrou o primeiro caso confirmado de gripe aviária em uma produção comercial, acendendo um alerta em todo o país. Em Santa Catarina, três casos suspeitos da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) foram notificados – nos municípios de Ipumirim, Tigrinhos e Concórdia. Todos foram investigados e descartados.

Mesmo com os resultados negativos, o Governo do Estado mantém reforçada sua estrutura de monitoramento, fiscalização e orientação, com ações integradas coordenadas pela Secretaria de Estado da Agricultura e pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). O estado é referência nacional e internacional na sanidade animal, com rígido controle em toda a cadeia produtiva.

De acordo com a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, a gripe aviária é uma doença de notificação obrigatória e segue protocolos nacionais de controle. “Fazemos vigilância permanente em granjas comerciais e de subsistência, por meio de amostragem, para detectar a possível circulação viral. A notificação ocorre quando há mortalidade acima de 10% em um plantel, o que pode indicar uma doença de grande impacto zootécnico”, explica.

Durante os dias de apuração das suspeitas, equipes da Cidasc atuaram diretamente de uma sala de monitoramento, que acompanha em tempo real a movimentação de animais no estado. Situações fora do padrão são investigadas de imediato por profissionais especializados.

Segundo Diego Severo, gestor da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Cidasc, a atuação integrada das coordenações de epidemiologia, trânsito e sanidade avícola permite maior agilidade e precisão nas ações. “Intensificamos medidas e investigações, com análise dos dados e orientação direta às equipes em campo.”

Quando há uma notificação, técnicos da Cidasc realizam visitas aos produtores, aplicam exames clínicos e, se necessário, coletam amostras de órgãos e vísceras para envio ao laboratório oficial do Ministério da Agricultura, localizado em Campinas (SP).

A vigilância também ocorre nas divisas do estado, com a atuação permanente dos Postos Fixos de Fiscalização (PFFs), especialmente nas fronteiras com o Rio Grande do Sul e o Paraná. Os profissionais trabalham 24 horas por dia, todos os dias do ano.

Com a confirmação do primeiro foco nacional da doença em aves comerciais, o governo catarinense intensificou as fiscalizações nas barreiras sanitárias, incluindo o uso de lacres em cargas de material genético, ovos embrionados e pintinhos provenientes de regiões próximas aos focos da doença. Essas cargas só podem ser abertas fora do estado, mediante termo de compromisso firmado com as empresas responsáveis.

O reforço das ações visa garantir a manutenção do status sanitário catarinense, proteger a avicultura e preservar o agronegócio estadual, um dos pilares da economia de Santa Catarina.