Esta segunda-feira (24) foi marcada pelo início de um importante ciclo de palestras em São Domingos, promovido pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) no Centro de Eventos do município. A iniciativa faz parte do projeto Inovação e Desenvolvimento – um cuidado aos laços familiares, à vida da criança e do adolescente, e contou com a presença do palestrante Antônio Sérgio Curione, especialista na temática do bullying e cyberbullying.
De acordo com a psicóloga do CRAS, Rose, o objetivo do projeto é promover ações contínuas de prevenção e psicoeducação com crianças, adolescentes e suas famílias ao longo do ano. “Queremos instigar uma sociedade mais organizada, justa e empática, tratando de temáticas que impactam diretamente a vida das crianças e adolescentes”, destacou.
Todas as escolas municipais e estaduais que atendem turmas do ensino fundamental foram convidadas a participar da palestra. O encontro foi dividido em dois momentos: um voltado aos alunos do 1º ao 5º ano e outro para estudantes do 6º ao 9º ano.
Meridiana, integrante da equipe técnica do CRAS, ressaltou a importância da conscientização sobre o tema. “A escola ainda é o local onde mais ocorrem casos de bullying e cyberbullying. Esperamos que os alunos compreendam o valor dessa mensagem e levem esse aprendizado para suas famílias e amigos, contribuindo para a construção de um ambiente mais saudável e respeitoso.”
O palestrante Antônio Sérgio destacou que a principal missão é ensinar a diferença entre brincadeira e violência. “A brincadeira faz bem para os dois lados. Quando ela humilha ou fere alguém, já é considerada uma forma de violência, que pode gerar sérias consequências”, afirmou. Ele alertou ainda para os perigos do cyberbullying e reforçou a importância do acompanhamento familiar. “Os pais precisam observar o comportamento dos filhos, especialmente quando há sinais de irritação, isolamento ou resistência em ir para a escola.”
Curione também enfatizou que o bullying não é mais tolerado como em tempos passados e que atualmente a prática pode ser enquadrada como ato infracional, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, com punições que vão desde a reparação do dano até medidas socioeducativas mais severas.
A psicóloga Rose concluiu lembrando que o projeto é desenvolvido em parceria com o Governo do Estado e financiado pelo Fundo da Infância e da Adolescência. As ações seguem até novembro, com cronograma mensal que envolverá não apenas crianças e adolescentes, mas também pais, responsáveis e profissionais da rede de apoio. O objetivo principal é fortalecer os vínculos familiares e ampliar a rede de proteção à infância e juventude.