Previsão Climática: O que esperar do inverno e início da primavera

O terceiro trimestre do ano, que inclui os meses de julho, agosto e setembro, marca a maior parte do inverno e o início da primavera no Hemisfério Sul. Durante esse período, a passagem de frentes frias e a atuação de ciclones extratropicais podem provocar episódios de chuva, agitação marítima e ressaca no litoral. Temporais com ventos fortes e granizo também ocorrem, embora com menor frequência.

Segundo a Defesa Civil, julho e agosto são os meses com menores volumes de chuva esperados, principalmente nas áreas litorâneas, Vale do Itajaí e Norte do estado, com valores mensais entre 80 a 120mm. Nas cidades do Grande Oeste e Planalto Sul, a precipitação varia entre 110 a 150mm. Durante essa época, são comuns entradas de massas de ar frio, que causam queda significativa nas temperaturas e grande amplitude térmica (frio pela manhã e temperaturas amenas à tarde). Também são frequentes os veranicos, períodos consecutivos sem chuva e com temperaturas acima da média.

Em setembro, a chuva aumenta na maior parte do estado, marcando o retorno das tempestades convectivas devido ao aumento do transporte de calor e umidade para o Sul do Brasil. Em média, os acumulados de chuva superam 150mm em todas as regiões, exceto no Litoral Sul.

Previsão Atual

Atualmente, estamos em um período de neutralidade em relação ao fenômeno El Niño. A previsão indica a possibilidade de formação de uma La Niña entre o final do inverno e o início da primavera. Isso significa que o inverno não deve sofrer influência significativa do fenômeno no Sul do país.

Para o trimestre, a previsão é de que a chuva fique entre a média e ligeiramente acima dela nas áreas litorâneas, devido à maior frequência de precipitação, e abaixo da média no Grande Oeste e nos planaltos. No entanto, não se pode descartar eventos de chuva volumosa no estado.

Apesar de ser a estação mais fria do ano, a previsão indica que as temperaturas ficarão acima da média, resultando em um inverno mais ameno. No entanto, ainda há chances de episódios de frio intenso, com ocorrência de geadas amplas e precipitação invernal, embora esses eventos sejam menos frequentes e duradouros.