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Novas datas para plantio da soja em SC

Cidasc divulga calendário de semeadura e vazio sanitário da soja para a safra 2025/2026 em Santa Catarina

Cidasc divulga calendário de semeadura e vazio sanitário da soja para a safra 2025/2026 em Santa Catarina

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) divulgou o calendário de semeadura e o período do vazio sanitário da soja para a safra 2025/2026. As medidas, que integram o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, visam reforçar a defesa sanitária vegetal e reduzir os impactos dessa doença, considerada uma das mais agressivas para a cultura da soja.

De acordo com o engenheiro agrônomo e gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc, Alexandre Mees, o vazio sanitário é um intervalo contínuo de, no mínimo, 90 dias, durante o qual é proibido cultivar ou manter plantas vivas de soja nas lavouras, incluindo as chamadas “sojas guachas” ou tigueras. Essa estratégia, aliada à proibição do cultivo de soja sobre soja e à adoção de um calendário específico de plantio, é considerada fundamental para o controle da ferrugem asiática.

As normas foram oficializadas pela Portaria nº 1.271, publicada recentemente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que define as datas tanto do vazio sanitário quanto do período autorizado para semeadura em todo o país. Segundo Mees, os estados podem sugerir ajustes regionais, mas a decisão final é tomada pelo ministério com base na recomendação técnica da Embrapa, que sugere uma janela de semeadura de até 100 dias. No entanto, na região Sul, esse prazo foi ampliado para até 120 dias, atendendo a demandas locais.

Para Santa Catarina, o calendário da próxima safra foi antecipado em 10 dias, com a semeadura se iniciando mais cedo e encerrando em 22 de janeiro de 2026, na maior parte do estado. Apenas a região sul catarinense manterá as mesmas datas das safras anteriores. A mudança proporciona uma janela intermediária de plantio em relação aos estados vizinhos Paraná e Rio Grande do Sul, além de reduzir o número de regiões com datas diferenciadas de quatro para duas, facilitando o planejamento dos produtores.

O gestor da Cidasc reforça que os agricultores devem informar o plantio ao órgão em até 10 dias após a conclusão da semeadura, conforme determina o Ministério da Agricultura. O cadastro atualizado é obrigatório e fundamental para o monitoramento fitossanitário e a adoção de medidas preventivas eficazes.

As ações do programa têm como foco principal a racionalização do uso de fungicidas, reduzindo a pressão de seleção de resistência dos fungos, promovendo assim maior eficácia no controle da ferrugem asiática.