Em uma ação decisiva, a Polícia Civil de Chapecó, através da 3ª Delegacia de Polícia de Fronteira, interveio em um caso de maus-tratos a animais em uma propriedade local, onde também se suspeitava da prática ilegal de criação de galos para rinha. A operação foi desencadeada após denúncias recebidas pela autoridade policial, que rapidamente mobilizou uma equipe para o local denunciado.
Ao chegarem na propriedade, os agentes se depararam com uma criação de galos, além de um cachorro da raça Pitbull encontrar-se em condições precárias. O Pitbull apresentava um estado de saúde crítico, exibindo extrema magreza e miíase – infestação de larvas em tecidos vivos – nos quartos traseiros e na orelha esquerda, sintomas claros de negligência prolongada. Além disso, os galos, embora acondicionados em gaiolas com acesso a alimentação e água, apresentavam diversos ferimentos, sugerindo a prática de rinhas.
Moradores locais informaram à equipe que dois cães da raça Pitbull residiam na propriedade, porém, um deles sucumbiu aos ferimentos resultantes de uma luta, sem receber o devido cuidado pelo proprietário. Acredita-se que o corpo do animal morto tenha sido descartado em uma área florestal adjacente, cuja localização exata permanece desconhecida.
Veterinários do Núcleo de Apoio aos Animais em Perigo (NAPA) acompanharam a diligência policial, constatando a gravidade da situação do cachorro sobrevivente, evidenciando um quadro de desnutrição e maus-tratos de longa data, atribuído à negligência do proprietário. Em um esforço de resgate, o NAPA assumiu a responsabilidade pelo cachorro, garantindo os cuidados médicos necessários com a intenção de reabilitá-lo para uma futura adoção responsável.
Este caso sublinha a importância de denúncias no combate aos maus-tratos de animais, permitindo que as autoridades tomem as medidas apropriadas para proteger os indefesos e responsabilizar os culpados. A comunidade de Chapecó e os órgãos envolvidos demonstram um compromisso contínuo com a justiça e o bem-estar animal.