O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, deve definir ainda nesta semana a nomeação do novo procurador-geral do Ministério Público do Estado (MPSC). A expectativa é de que ele siga o rito tradicional, que há 30 anos prioriza o candidato mais votado pela categoria, garantindo autonomia e respeito à instituição.
O atual procurador-geral, Fábio de Souza Trajano, liderou a votação interna e conta com o apoio de ex-procuradores-gerais de Justiça, como João Carlos Kurtz, José Galvani Alberton, Pedro Sérgio Steil e Lio Marcos Marin, que defendem a escolha do mais votado para assegurar a independência do MPSC. No entanto, há especulações sobre a possibilidade de nomeação da segunda colocada, Vanessa Cavallazi, o que seria uma quebra da tradição estabelecida.
Nos bastidores, integrantes do Ministério Público e do Judiciário demonstram preocupação com possíveis pressões externas, especialmente de Brasília, que poderiam influenciar a decisão do governador. A escolha do chefe do MPSC não é apenas um ato administrativo, mas um fator essencial para a estabilidade e autonomia da instituição.
Caso o governador não se manifeste, a legislação prevê que o candidato mais votado assuma automaticamente o cargo, o que consolidaria a recondução de Fábio Trajano. A nomeação, segundo membros da instituição, deve ocorrer sem interferências políticas ou judiciais, garantindo a legitimidade do processo.
A decisão final cabe a Jorginho Mello e deve ser anunciada nos próximos dias.
fonte : NDmais