Economia

Selic elevada pressiona ainda mais os preços dos alimentos

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), Fábio de Salles Meirelles, alerta que a nova elevação da Selic para um patamar anual de 13,75%, conforme deliberou o Copom nesta quarta-feira (03), significa pressão adicional sobre os preços dos alimentos, que já vêm sofrendo aumentos no Brasil e no mundo.

 

Meirelles acentua que a inflação brasileira, assim como ocorre no mundo, não é um fenômeno de demanda, contra o qual juros altos são eficazes, mas sim de oferta. “Para esta segunda causa, não adianta ficar aumentando a Selic. O Brasil está dando dose exagerada de um remédio tóxico para sintomas errados”, pondera.

Conforme divulgado pela FAESP, o aumento dos juros trava a economia e atinge de modo direto o agronegócio, que precisa de taxas menores para o financiamento da safra e da atividade pecuária. Meirelles frisa que as linhas especiais de crédito do Plano Safra, embora sejam crescentes, são insuficientes para atender todos os produtores. “Pois bem, com a Selic batendo em 14% ao ano, fica muito difícil, ou até impossível, contratar operações de crédito”, conclui.

Informações Agrolink