Na tarde de quarta-feira, 23 de julho de 2025, a Polícia Militar de Chapecó realizou uma operação que resultou na prisão de um homem de 36 anos, flagrado em posse de mais de 30 kg de maconha, um revólver, munições e dinheiro em espécie. O caso veio à tona no Loteamento Lunardi, na zona leste da cidade, após denúncia anônima sobre o uso de um veículo para o tráfico de drogas.
Segundo a PM, durante patrulhamento no local, os agentes localizaram o automóvel mencionado e deram ordem de parada. No entanto, o condutor desobedeceu, empreendendo fuga em alta velocidade, trafegando pela contramão e ignorando sinalizações. A perseguição se estendeu por várias ruas. O veículo só parou depois de colidir contra um meio-fio, danificando uma das rodas e permitindo a abordagem do suspeito.
No interior do carro foram encontrados R$ 2.385 em espécie. Já no banco do passageiro, os policiais descobriram uma caixa contendo cerca de 5 kg de maconha, além de um celular danificado.
Durante o interrogatório, o preso assumiu que havia mais entorpecentes em sua residência e permitiu que a PM entrasse no local. No imóvel, foi localizada uma caixa térmica contendo 25,032 kg de maconha, sobre a qual estava uma balança de precisão — indícios claros de tráfico em larga escala.
Além das drogas, os policiais apreenderam um arsenal considerável: uma pistola calibre 380 municiada com 13 cartuchos, um carregador sobressalente com 12 munições e mais 25 munições avulsas do mesmo calibre. Também foram encontrados 85 unidades de munição calibre 9 mm e um carregador de pistola. Todo o material, assim como o homem, foi encaminhado à Central de Plantão Policial (CPP) de Chapecó, onde ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.
Contexto regional e ações recentes da PM
Chapecó, a quarta maior cidade de Santa Catarina com expressiva atividade econômica e industrial, tem sido palco de diversas operações da PM contra o tráfico de drogas. Só neste mês, a polícia já realizou outras ações significativas na cidade e região.
No início de junho, uma abordagem resultou na apreensão de cerca de 86 kg de maconha em Chapecó, com o condutor confessando que a droga teria sido trazida de Foz do Iguaçu, no Paraná. Em abril, outra ocorrência em Maravilha resultou na apreensão de um revólver calibre 38, cocaína, maconha, crack, balanças e dinheiro, mostrando comprometimento da PM em coibir o tráfico por diversas vias.
Em fevereiro, ainda em Chapecó, a PM apreendeu oito armas e mais de 100 munições em uma empresa de reciclagem, após denúncia sobre disparos frequentes no local. Esses episódios refletem uma série de operações intensificadas na região oeste catarinense para combater a circulação de armas e narcóticos.
Segurança em Santa Catarina: uma guerra silenciosa
O estado de Santa Catarina, especialmente no litoral e no interior, enfrenta disputa territorial entre facções criminosas como o Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). O controle desses territórios, bem como das rotas de exportação de drogas e armas por seus portos, tem sido fonte de tensão e violência. Operações em Chapecó e municípios vizinhos fazem parte de uma estratégia maior de combate ao crime organizado que se estende pelo estado.
Ainda em 2025, a Polícia Militar catarinense intensificou abordagens contra o tráfico em grandes entradas no interior — em Palhoça, por exemplo, uma ação do BOPE resultou na apreensão de 1,6 tonelada de maconha, um fuzil e diversas munições. Já em abril, foi retirado de circulação mais de 280 kg de drogas em cidades como Joinville, Tubarão, Balneário Camboriú e Maravilha, reforçando que a luta contra o narcotráfico é contínua e articulada.
Conclusão
A prisão do homem com mais de 30 kg de maconha, armas e munições em Chapecó representa mais um golpe na estrutura logística dos traficantes na região. A sucessão de operações da Polícia Militar evidencia a prioridade dada ao combate ao crime organizado em Santa Catarina, especialmente em áreas estratégicas como rotas de drogas e tráfico de armas. A ofensiva constante, tanto no interior quanto no litoral, expõe a determinação das forças de segurança em enfrentar essa realidade.
A repercussão deste caso e das operações anteriores tende a chamar atenção para a necessidade de políticas públicas integradas — combinando repressão, inteligência e prevenção — para frear a escalada do crime organizado no estado.
Informações Oeste Mais