O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), iniciou, junto à Secretaria de Patrimônio da União (SPU), as negociações para a cessão da extinta Estrada de Ferro Santa Catarina. O trecho de 27 quilômetros entre os municípios de Rio do Sul e Apiúna foi desativado na década de 1970 pela Rede Ferroviária Federal (RFFSA). A transferência para o Estado permitirá que a Secretaria lidere movimentos culturais e turísticos na ferrovia.
“Há iniciativas na região que aguardam por mais de duas décadas por uma oportunidade para atuar diretamente na preservação da história e cultura que envolvem esta estrada de ferro. Nosso objetivo é que o Estado, liderado pelo governador Jorginho Mello, nossa secretaria e a SPU construam uma solução conjunta para a revitalização desta histórica ferrovia”, afirma o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins.
“O patrimônio da extinta Rede está sob a responsabilidade da SPU. Em outros momentos houve dificuldade em fazer a cessão diretamente para a iniciativa privada, mas com este interesse do Estado de Santa Catarina acreditamos que poderemos encontrar uma alternativa viável e que permita que a história e a cultura sejam preservadas”, acrescenta o superintendente da SPU/SC, Juliano Luiz Pinzetta.
SOBRE A ESTRADA
A Estrada de Ferro Santa Catarina foi projetada inicialmente para ligar o Porto de Itajaí até a Argentina. Foi construída por descendentes de alemães e inaugurada em 1909. A Fundação Estrada de Ferro Vale do Itajaí (Tremtur), de Rio do Sul, é uma instituição sem fins lucrativos que atua na memória ferroviária. A Tremtur realizou o restauro da locomotiva Maria Fumaça Baldwin Ten Wheel, que hoje realiza passeios em um trecho de apenas dois quilômetros em Apiúna graças ao empenho e parceria realizada com a Usina Salto Pilão. Essa iniciativa foi tomada pelos voluntários na época com o objetivo de viabilizar o projeto completo da ‘Ferrovia das Bromélias’ que prevê a operação de 28 quilômetros de passeios turísticos, a reinstalação do antigo Museu Ferroviário, entre outras ações.
“A Tremtur está empenhada e mobilizada nesta causa há quase 25 anos. Atuamos em várias frentes com o objetivo de preservar, proteger e permitir que a comunidade conheça sua história e cultura, representada em partes pela Estrada de Ferro Santa Catarina”, completa a empresária e presidente da Fundação Tremtur, Lilian Bremer Vogelbacher.
Informações Secom