Depois de contabilizar 14 altas no preço dos combustíveis somente no primeiro semestre, a tendência é de que o consumidor de Santa Catarina tenha que desembolsar, até o final do ano, R$ 7,00 pelo litro da gasolina. A estimativa foi informada pelo vice-presidente do Sindópolis (Sindicato de Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis), Joel Fernandes.
“Se você fizer a avaliação do primeiro semestre e o quanto subiu, e fazer a projeção para os meses restantes do ano, a gasolina deverá passar dos R$ 7,00 o litro”, resumiu.
GASOLINA CHEGA A R$ 5,89 EM SC, MOSTRA LEVANTAMENTO
Com um percentual de 25% de ICMS sobre o litro do combustível, Santa Catarina, até o momento, não chegou à linha dos R$ 6,00 o litro. De acordo com o SLP (Sistema de Levantamento de Preço) da ANP (Agência Natural do Petróleo, Gás Natual e Biocombustíveis), na última semana o valor médio da gasolina, mais alto, foi encontrado em Concórdia, a R$ 5,89.
Logo na sequência vem os municípios de Biguaçu, São José e Palhoça, na Grande Florianópolis, todos com o preço médio de R$ 5,88. Florianópolis, ainda de acordo com o levantamento que foi realizado na primeira semana de agosto (1º/8 a 7/8), aparece com um preço médio de R$ 5,82.
“Não é questão de pessimismo ou otimismo, a realidade é que no Brasil tudo sobe. A Petrobras, recentemente, anunciou um lucro de quase 9 bilhões [o valor exato foi de US$ 8,1 bilhões — mais de R$ 42,3 bilhões] só no segundo trimestre do ano. Eles poderiam não acompanhar os valores que são praticados lá fora”, avaliou Joel.
CHANCE DE REDUÇÃO
Ainda que mais reajustes nos valores atualmente praticados sejam uma tendência, o panorama desenrolado desde o início de 2021 aponta para que novas altas aconteçam nos próximos meses.
Não há de se desconsiderar, é claro, que esses valores possam apresentar reduções. Há uma combinação, segundo Joel, preponderante para que o litro do combustível reduza ou, pelo menos, pare de ascender.
A fórmula está diretamente ligada à relação do preço do barril do petróleo e da cotação do dólar. Em julho, por exemplo, o barril do petróleo registrou seu maior valor em sete anos: quase US$ 75 dólares. Na manhã desta segunda-feira (9), a cotação do barril estava em quase US$ 78. Já o dólar está sendo comercializado a R$ 5,25.
“Para que tenhamos alguma possibilidade de redução, esses dois vetores não podem subir ou, pelo menos, precisam se manter estáveis para que não tenhamos mais altas no preço”, acrescentou o vice-presidente do Sindópolis.
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