Santa Catarina segue batendo recordes nas exportações de carne suína. Em nove meses, o Estado já superou o desempenho de todo ano passado e espera chegar a US$ 1 bilhão de faturamento até dezembro. Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
De janeiro a outubro deste ano, Santa Catarina embarcou 435,5 mil toneladas de carne suína para 67 países. O valor gerado com as exportações já passa de US$ 963,6 milhões, um aumento de 38,4% em relação ao mesmo período de 2019.
“A suinocultura catarinense vive um dos melhores momentos de toda história. Colhemos os frutos de um grande esforço, iniciado há mais de 20 anos para fazer de Santa Catarina uma referência no cuidado com a saúde animal. Hoje conquistamos nosso espaço no mercado internacional e somos reconhecidos pela excelência da nossa produção. Mesmo com todos os desafios trazidos este ano, seguimos com um setor fortalecido, otimista e pronto para crescer ainda mais em 2021”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa.
A China segue como o maior mercado para a suinocultura catarinense, responsável por 55% do faturamento total com os embarques ao longo de 2020. O Estado vem ampliando também as vendas para outros países, como os Estados Unidos (+61%) e o Japão (+129,4), considerados os mais exigentes do mundo.
Resultados em outubro
No último mês, Santa Catarina exportou 46,4 mil toneladas de carne suína, faturando mais de US$ 107,9 milhões – um aumento de 46,8% em comparação a outubro de 2019.
Diferenciais da produção catarinense
Maior produtor nacional de carne suína, Santa Catarina tem um grande diferencial por conta do seu status sanitário diferenciado, que abre as portas para os mercados mais exigentes do mundo. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), em parceria com a iniciativa privada e os produtores, mantém um rígido controle das fronteiras e do rebanho catarinense.
O Estado é o único do país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, o que demonstra um cuidado extremo com a sanidade animal e é algo extremamente valorizado pelos importadores de carne. Além disso, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul representam a zona livre de peste suína clássica.
Informações Secom – foto Keli Camiloti