Um levantamento do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) revelou que a campanha de vacinação contra a poliomielite no estado alcançou apenas 43,43% das crianças de um a quatro anos, muito abaixo dos 95% recomendados pelos órgãos de saúde. Esse dado preocupante destaca a baixa adesão à vacinação, o que pode favorecer o retorno da doença, erradicada há 30 anos no Brasil.
Contudo, Santiago do Sul, uma pequena cidade no Oeste de Santa Catarina, se destacou positivamente. Com uma cobertura vacinal de 126%, a cidade vacinou mais crianças do que o previsto. Outros pequenos municípios, como Barra Bonita e Presidente Castello Branco, também superaram a meta, atingindo 107% de imunizações. Esses municípios, todos com menos de duas mil pessoas, demonstraram uma eficiente mobilização comunitária para proteger suas crianças contra a poliomielite.
Em contraste, grandes cidades catarinenses apresentaram resultados preocupantes. Joinville, a maior cidade do estado, alcançou apenas 20% da meta vacinal, enquanto Florianópolis e Blumenau ficaram em 17% e 24%, respectivamente. Lages teve o pior desempenho, com apenas 13% de cobertura.
O Promotor de Justiça Douglas Roberto Martins, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública do MPSC, enfatiza a importância da vacinação contínua para evitar o retorno da poliomielite. “Mesmo após três décadas da erradicação da pólio no Brasil, o risco de casos importados exige que mantenhamos altas taxas de vacinação e vigilância constante”, alerta Martins.
Para melhorar os índices de vacinação, as Promotorias de Justiça e as Secretarias Municipais de Saúde podem trabalhar juntas em campanhas de conscientização e diálogo com a comunidade, buscando o apoio de médicos e profissionais de saúde respeitados.
Santiago do Sul se torna, assim, um exemplo de sucesso na campanha de vacinação, mostrando que, com esforço e colaboração, é possível alcançar e até superar as metas de imunização, garantindo a saúde e segurança das crianças.