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El Niño pode voltar em 2023?

Aumentou em 75% a chance de que o La Niña continue presente durante os próximos meses de dezembro de 2022 e em janeiro e fevereiro 2023, de acordo com matéria divulgada no site Agrolink. No entanto, após o fim do fenômeno climático e algum período de neutralidade, começam a surgir chances da volta do El Niño.

 

A previsão veio do Instituto Internacional de Pesquisa para Clima e Sociedade para (IRI, na sigla em inglês), da Universidade de Columbia. De acordo com a meteorologista Cindy Fernández, do Servicio Meteorológico Nacional (SMN) argentino, “quando chegar o verão, o que se observa nas previsões é que [La Niña] tenderá a enfraquecer, pelo que começarão a atuar outros fatores que irão contribuir ou inibir seus efeitos”.

Outra agência que já projeta o El Niño no longo prazo é a Climate Impact Company, que prevê esse fenômeno climático se formando no final de 2023. “No início do próximo ano, desaparecerá o padrão SSTA muito quente, reforçado pelo dipolo negativo do Oceano Índico (-IOD) no extremo leste do Oceano Índico equatorial”, apontam os meteorologistas.

De acordo com eles, no momento, as “águas super-quentes ao norte e noroeste da Austrália estão alimentando a convecção, que inclui correntes de ar ascendentes. Esse ar ascendente é substituído por ventos alísios aprimorados do leste. Essa troca levanta água fria no centro/leste equatorial do Oceano Pacífico para manter o La Niña. No entanto, esse acelerador ENSO enfraquece e desaparece nos meses de Fevereiro e Março do próximo ano. Consequentemente, o La Niña também deve acabar”.

“O que se segue? Um risco de 2 em 3 de desenvolvimento de El Niño como provável após meados de 2023. Conclusão: Uma vez que o SSTA super quente no extremo leste equatorial do Oceano Índico/oeste do Oceano Pacífico recue, o mecanismo que impulsiona o La Nina deve diminuir. O catalisador para essa mudança é a dissipação do padrão -IOD em janeiro. O ENSO tem caráter natural para oscilar de uma fase para a fase oposta e esse caráter deve estar em vigor para o final de 2023”, concluem os meteorologistas.

 

Informações Agrolink