Com a chegada do verão, os casos de dengue ganham destaque como uma das principais preocupações das autoridades de saúde no Oeste de Santa Catarina. Em entrevista à Clube FM, Luciano Peri, coordenador regional da Defesa Civil de Santa Catarina, destacou as ações que estão sendo realizadas para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Mobilização nacional no dia 14 de dezembro
A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil, em conjunto com outras entidades e a pedido do governador, organiza ações para o Dia D, uma campanha de mobilização contra a dengue. Segundo Luciano, em 2024 já foram registrados 2.929 focos do mosquito na região de saúde de Xanxerê, que abrange 21 municípios. Esse número representa um aumento de cerca de 6% em comparação ao ano anterior.
Além disso, o cenário nacional preocupa: mais de 340 óbitos foram confirmados em 2024, sendo 10 apenas na região Oeste catarinense, o que reforça a necessidade de atenção, especialmente para idosos e crianças, considerados grupos mais suscetíveis.
Cenário alarmante e ações integradas
A região já enfrenta a circulação de diferentes sorotipos do vírus, o que aumenta o risco de novas infecções mesmo para quem já contraiu a doença anteriormente. Em 2024, foram confirmados 7.155 casos de dengue nos 21 municípios da regional de saúde de Xanxerê, número que alarma as autoridades.
Luciano destacou o trabalho integrado que vem sendo realizado desde março, com a participação de prefeituras, secretarias municipais de saúde, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e escolas.
Prevenção: o que você pode fazer?
Algumas medidas simples ajudam a eliminar os criadouros do Aedes aegypti:
- Esvaziar garrafas, vasos e potes de água.
- Manter pneus e caixas d’água tampados.
- Colocar areia nos pratos de plantas.
- Limpar calhas e ralos regularmente.
- Cobrir piscinas quando não estiverem em uso.
- Trocar a água de plantas aquáticas semanalmente.
Reconhecendo os sintomas e buscando atendimento
Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dores musculares intensas, dores nos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas avermelhadas pelo corpo. Luciano orienta que, ao identificar esses sinais, é fundamental buscar assistência médica imediata e manter-se hidratado.
O Governo do Estado já liberou R$ 10 milhões para ações de combate à dengue e habilitou mais de 230 novos leitos de UTI para atendimento. Além disso, municípios com maior incidência da doença já contam com salas de hidratação para casos graves.
Mobilização da comunidade
Luciano finalizou a entrevista ressaltando que o combate à dengue é uma responsabilidade de todos. Ele reforça a importância da participação da comunidade no Dia D, em 14 de dezembro, para eliminar criadouros do mosquito em casa e nos arredores. “Lembre-se: dengue não é um problema só do poder público, mas de todos nós”, concluiu.