Agricultura

Consumo de carne suína aumenta e produção atinge mais de 4 milhões de toneladas

A carne suína tem avançado na preferência dos brasileiros. O que antes era uma prática pensada em economizar diante da alta do preço da carne bovina, agora, os cortes suínos começaram a complementar as refeições. A prova disso é que, segundo levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o consumo per capta vem crescendo ao longo dos anos. Em 2021, chegou a 16,7 kg por habitante, mais que os 16 kg/hab em 2020 e 15,3 kg/hab em 2019.

 

No ano passado foram produzidas 4,701 milhões de toneladas de carne de porco, com 75,81% destinado ao mercado interno. Esse cenário positivo traz ainda mais motivos para comemorar o Dia 24 de julho, em que é celebrado o Dia do Suinocultor.

Quando se fala em preparo desse tipo de carne, muita gente já imagina aquele leitão à pururuca e resiste com medo do excesso de gordura, mas a carne suína já deixou de ser vilã e passou para aliada em busca de uma alimentação saudável, isso porque a carne de porco é fonte das oito vitaminas: B — B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), B5 (ácido pantotênico), B6 (piridoxina), B7 (biotina), B9 (ácido fólico) e B12 (cobalamina). Além disso, a carne suína é a principal fonte animal da tiamina (vitamina B1), que ajuda a transformar os nutrientes em energia para os tecidos do corpo.

Com vários tipos de cortes, a versatilidade no preparo da carne de porco é um dos grandes atrativos na hora das compras. O coordenador nacional de Operações/Açougue do Fort Atacadista, Elton Martins, lista os principais cortes, como pernil, paleta, costelinha, bisteca e barrica (ou panceta). Para cada tipo de corte, a forma de preparo e a harmonização dos temperos é que vai fazer a diferença no sabor.

“A carne suína é diferente da carne bovina, já que ela tem uma textura, no sentido de resistência, muito próximo um corte do outro. O que muda é o sabor em cada corte”, explica Elton. Para o pernil, a melhor forma de preparar é fazê-lo assado. Já a paleta pode ser feita na panela, com legumes. A bisteca fica saborosa frita ou ao molho. A costelinha pode ser assada e é muito usada em feijoadas. E, por fim, a panceta pode ser assada no forno ou na churrasqueira.

A principal dica de Elton Martins é quanto ao tempero. A carne suína tem uma característica peculiar que é de poder adicionar mais temperos e não usar somente o sal, mesmo assando na churrasqueira. “Uma panceta pode ser temperada com mostarda, shoyo e algumas especiarias que vão intensificar o sabor. A harmonização com alecrim é perfeita para muitos dos cortes suínos. O lombinho e a bisteca também podem levar caldo de laranja no preparo”, orienta.

Informações e foto MB Comunicação