Um apiário em Joinville foi interditado após a confirmação de contaminação por Cria Pútrida Europeia (CPE), doença que afeta as crias das colmeias, especialmente da espécie Apis mellifera. Apesar de não oferecer riscos à saúde humana, a CPE causa mortalidade nas larvas de abelhas, trazendo prejuízos para a produção de mel e a polinização.
A contaminação foi identificada após o apicultor acionar a Cidasc devido a sintomas de doença nas abelhas, notificação obrigatória nesse tipo de situação. Veterinários da unidade local de Joinville, Dickson Portes e Elivelton Bonato, recolheram amostras e confirmaram a presença da bactéria Melissococcus plutonius.
A Cidasc informou que, apesar de ser um caso isolado, os produtores devem ficar atentos. “A CPE é uma doença séria que pode trazer grandes perdas econômicas e comprometer as colônias de abelhas. Vigilância e manejo adequado são essenciais para evitar a disseminação”, explicou o veterinário Dickson Portes.
Como parte do Programa de Sanidade Apícola, a Cidasc acompanha a saúde das colmeias em todo o estado. Os apicultores devem manter cadastro atualizado, informando periodicamente o saldo das abelhas, e emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) ao transferir colmeias para outra propriedade.
O que é a Cria Pútrida Europeia?
A Cria Pútrida Europeia, ou loque europeia, é uma doença causada pela bactéria Melissococcus plutonius, que afeta especificamente as larvas de abelhas. Ela se espalha pela alimentação das larvas e causa sintomas como coloração alterada, desidratação e um odor ácido. Colônias mais fortes costumam remover larvas infectadas, mas colônias menores podem enfrentar problemas mais graves.
A prevenção envolve práticas como desinfecção de ferramentas, seleção de colônias com comportamento higiênico e eliminação de favos com crias doentes. A detecção precisa ser confirmada em laboratório, pois outros problemas podem causar sintomas semelhantes.