Durante esta quarta-feira (14), alunos da escola João Roberto Moreira participaram de um dia de aprendizado voltado à sustentabilidade e tecnologia ambiental no Centro de Eventos de São Domingos. As atividades incluíram palestras com temas voltados à preservação do meio ambiente, inovação florestal e educação ambiental.
Um dos destaques foi a apresentação de Daltro Menegassi, da Menegassi Nativas, que abordou a tecnologia do pinheiro clonado — uma inovação que permite a produção de pinhas a partir do quinto ano da planta, com árvores de até dois metros de altura. Segundo Daltro, trata-se de um avanço significativo, já que os pinheiros tradicionais levam cerca de 20 a 30 anos para começar a produzir frutos. “Essa tecnologia é nova, com pouco mais de três anos, e representa uma mudança importante para o futuro da araucária e para a produção de mudas nativas”, explicou.
As palestras foram realizadas a convite da diretora Marta, da Escola João Roberto Moreira, e contaram também com a participação do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Eles trouxeram reflexões sobre o descarte correto de resíduos, coleta de lixo e energias renováveis.
Daltro destacou ainda a boa participação dos alunos, que fizeram perguntas e demonstraram interesse pelos assuntos. “Eu sempre digo que quem tem a coragem de perguntar, tem a coragem de aprender e crescer na vida”, comentou. Ele também ressaltou a importância de ensinar sobre o ciclo das mudas nativas, desde a coleta da semente até o desenvolvimento da planta.
Ao final, também houve espaço para divulgação da produção de mudas clonadas. De acordo com Daltro, a Menegassi Nativas já soma mais de 800 pedidos de pinheiros clonados e pretende ter um bom estoque disponível até o final do ano. “Imagina poder colher uma pinha madura no quintal da sua casa, em uma árvore pequena, acessível, como uma verdadeira obra de arte viva”, concluiu.
O evento cumpriu seu papel educativo, aliando ciência, preservação ambiental e conscientização sobre o tempo da natureza — num mundo cada vez mais imediatista.