Funcionários da Celesc entram em greve

A Intercel, sindicato que representa os trabalhadores da Celesc, anunciou que a categoria entrará em greve por tempo indeterminado a partir de hoje (12) . A decisão foi tomada em resposta ao que o sindicato descreve como uma postura negligente da Diretoria da empresa, tanto nas negociações de direitos trabalhistas quanto na gestão da companhia.

Segundo a nota divulgada pela Intercel, a Diretoria da Celesc tem adotado uma lógica de gestão voltada para o setor privado, o que tem precarizado as condições de trabalho e impactado diretamente o serviço prestado à população catarinense. Entre as principais queixas estão a falta de recomposição do quadro de funcionários próprios, o aumento da terceirização e a implementação de um novo sistema comercial que tem gerado transtornos e colocado os trabalhadores em situações de risco físico e mental.

Mesmo diante dos esforços contínuos dos funcionários para manter a qualidade no atendimento à população, a gestão da empresa não tem valorizado os chamados “celesquianos”, que são responsáveis pelos bons números técnicos e financeiros da Celesc. A situação se agravou com a ausência de uma contraproposta da Diretoria em relação ao Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para 2024, cuja proposta foi enviada pela Intercel em dezembro de 2023.

O sindicato acusa a Diretoria de tentar dividir e enfraquecer os trabalhadores ao não formalizar uma resposta ao acordo proposto, o que acabou motivando a decisão pela greve. A expectativa é de que a paralisação traga impactos significativos nos serviços da Celesc, que é responsável pela distribuição de energia elétrica no estado de Santa Catarina.

A população catarinense, que depende dos serviços da Celesc, pode ser afetada diretamente pela greve. A Intercel destaca que, apesar das dificuldades impostas pela atual gestão, os trabalhadores continuarão lutando por seus direitos e pela manutenção de um serviço de qualidade. A nota ainda diz que durante a greve serão mantidos os trabalhos essenciais de forma voluntária pelos trabalhadores.

A Celesc ainda não se posicionou com relação a greve.