Na noite desta quinta-feira (18) foram observados tremores de terra na região de São Pedro de Atacama, no Chile, que puderam ser sentidos no estado de Santa Catarina e em outras regiões do Brasil, como na cidade de São Paulo, onde o Centro de Sismologia da USP também confirmou o ocorrido. A informação foi divulgada pela Defesa Civil de Santa Catarina.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), foram registrados quatro tremores entre a noite de quinta (18) e a madrugada de sexta-feira (19), o primeiro com maior intensidade foi registrado às 22h50, horário de Brasília, com a magnitude de 7,4 Mw (mB) a uma profundidade de 117,4 km da crosta terrestre.
Após deflagrado o primeiro tremor, ainda na noite de quinta-feira foi observado às 23h15, um novo tremor na mesma região de 5,0 Mw (mB) seguidos por tremores menores de 4,7 Mw (mB) às 00h11 da madrugada de sexta feira e 4,4 Mw (mB) às 02h47.
Os terremotos são fenômenos naturais causados pelo deslocamento das placas tectônicas. Esses tremores de terra são oriundos de forças internas da superfície terrestre, associadas aos movimentos das placas tectônicas. O contato entre placas tectônicas, além de auxiliar na mudança do relevo, causa atrito entre elas e como consequência pode provocar tremores como os vistos na região do Atacama no Chile.
O Chile encontra-se em área de limites entre placas convergentes, ou seja, placas que em seu deslocamento estão em direção uma da outra, o que é observado até mesmo no relevo, que auxilia na formação de morros e montanhas ao longo do tempo. Já o Brasil, situa-se na região central da placa tectônica, onde é muito menos provável o aparecimento de termos de grandes magnitudes.
Cabe ressaltar que os tremores ocorridos puderam ser sentidos devido a nossa proximidade com o Chile, porém esses terremotos não causam risco para Santa Catarina, tanto para deslizamentos de terra quanto para estruturas de construções.