O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) representou, por ato infracional análogo ao crime de homicídio tentado, um adolescente que teria iniciado um possível atentado em uma escola de Palhoça na manhã desta terça-feira, 2 de julho. A Promotora de Justiça Bartira Soldera Dias, da 1ª Promotoria de Justiça de Palhoça, solicitou a internação provisória do adolescente, o que foi deferido pelo Juízo da Infância e Juventude da Comarca.
O Incidente
Por volta das 7 horas da manhã, o adolescente, armado com duas facas, teria tentado colocar em prática um plano que vinha arquitetando há algum tempo para cometer um massacre na escola. Ele desferiu um golpe com uma das facas em outro aluno, que ele não conhecia, em uma tentativa de matá-lo. Após o primeiro ataque, o adolescente ainda teria perseguido outros alunos pela escola, mas foi impedido pelos funcionários e pela chegada rápida dos policiais militares.
Motivações e Consequências
De acordo com as investigações, o adolescente alegou que agiu motivado pela raiva acumulada devido a episódios de bullying sofridos em outras escolas, embora nunca tenha relatado esses episódios aos pais ou professores. A Promotora de Justiça ressaltou que o ato foi praticado por motivo torpe e de forma que impossibilitou a defesa da vítima, já que o ataque foi pelas costas.
Com a decisão de internação provisória, o adolescente receberá acompanhamento psicológico. O artigo 108 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) permite a internação provisória por até 45 dias antes da sentença. Já o artigo 122 do ECA estabelece que a medida de internação, em casos de grave ameaça ou violência, pode durar até três anos, com revisões semestrais.
A rápida resposta dos funcionários da escola e da polícia impediu que o incidente tomasse proporções mais graves, garantindo a segurança dos demais alunos.