O Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) em Chapecó e a 10ª Promotoria de Justiça da Comarca de Chapecó denunciaram 16 pessoas, incluindo agentes públicos e particulares, por fraude em licitações para a aquisição de livros, materiais didáticos e outros objetos da área da educação. Ao todo, foram 34 licitações fraudadas em 24 municípios e órgãos do estado de Santa Catarina.
As investigações, conduzidas com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), revelaram que o grupo operava há anos um esquema para vencer licitações de maneira irregular. Esse esquema prejudicava a concorrência e favorecia empresas específicas. Não foram divulgados em quais municípios o esquema ocorreu.
A apuração começou com suspeitas de irregularidades no processo de licitação para a compra de tablets com conteúdo didático-pedagógico para escolas municipais. As investigações mostraram que as empresas envolvidas eram beneficiadas através da manipulação das licitações, garantindo que alguma das controladas pelo grupo sempre vencesse.
Três dos denunciados são apontados como os principais articuladores do esquema, que também envolvia familiares e associados administrando ou sendo sócios ocultos das empresas favorecidas.
Segundo a denúncia, o superfaturamento das licitações causou prejuízos de mais de R$ 6 milhões aos cofres públicos devido às práticas de fraude em licitação e associação criminosa.