No início da noite desta quarta-feira (1º/5), o governador Eduardo Leite realizou uma coletiva de imprensa na sede da Defesa Civil estadual, em Porto Alegre, para fornecer atualizações sobre a situação do Rio Grande do Sul após as intensas chuvas da semana. De acordo com o relatório da Sala de Situação, áreas que já foram impactadas durante a emergência em setembro passado correm o risco de serem afetadas novamente, exigindo a evacuação imediata de residentes em áreas de risco.
Durante o encontro com a imprensa, Leite destacou as dificuldades enfrentadas pelas equipes de resgate do Estado para realizar as operações, devido às condições meteorológicas adversas que persistem desde o início das chuvas na segunda-feira (29/4). Por isso, o governador enfatizou a necessidade urgente de os moradores que residem em áreas de risco nos municípios afetados por situações semelhantes em 2023 deixem suas residências e busquem abrigo seguro.
“Infelizmente, a situação deste ano deverá ser pior que a de 2023. Veremos ainda um aumento nos níveis dos rios devido às chuvas. Então, é crucial que as pessoas se protejam e busquem abrigo em locais seguros, longe do perigo das inundações. Também pedimos que tomem cuidado com locais de encostas, onde pode haver deslizamentos devido ao encharcamento da terra”, frisou Leite.
O governador também pediu às pessoas que não se exponham a riscos tentando acessar áreas afetadas pelas chuvas. Devido à situação grave, a Defesa Civil estadual ressaltou que é muito importante as pessoas levarem a sério as informações que são passadas, visto que a situação nos próximos dias deve se agravar ainda mais.
Leite também destacou que o governo ativou o Gabinete de Crise assim que a situação começou, estabelecendo pontos focais em diferentes regiões afetadas pelas chuvas intensas. Dessa forma, o Estado visa manter uma comunicação eficaz com as áreas mais vulneráveis.
Locais com barragens também estão sob alerta. De acordo com o relatório da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), embora não haja risco iminente de rompimento, essas estruturas estão sendo monitoradas de perto, já que não foram projetadas para regular o fluxo de água e podem não suportar os altos volumes resultantes das chuvas. As autoridades municipais de Defesa Civil já foram alertadas e os planos de atendimento a emergência das barragens já foram ativados.
Municípios que deverão ser mais afetados por enchentes
- Agudo
- Alegrete
- Arroio do Meio
- Bom Princípio
- Bom Retiro do Sul
- Cachoeira do Sul
- Campo Bom
- Candelária
- Canudos do Vale
- Cerro Branco
- Colinas
- Cruzeiro do Sul
- Encantado
- Estrela
- Feliz
- Forquetinha
- General Câmara
- Harmonia
- Jaguari
- Lajeado
- Marques de Souza
- Montenegro
- Muçum
- Novo Cabrais
- Novo Hamburgo
- Paraíso do Sul
- Pareci Novo
- Parobé
- Pouso Novo
- Relvado
- Restinga Sêca
- Rio Pardo
- Roca Sales
- Santa Cruz do Sul
- Santa Tereza
- São Jerônimo
- São Leopoldo
- São Sebastião do Caí
- São Sepé
- Sinimbu
- Taquara
- Taquari
- Travesseiro
- Triunfo
- Vale do Sol
- Vale Real
- Venâncio Aires
- Vera Cruz
Barragens em situação de emergência
- UHE Castro Alves (Nova Roma do Sul)
- UHE Monte Claro (Bento Gonçalves)
- UHE 14 de Julho (Santa Tereza)
Pode atingir: Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Lajeado e Arroio do Meio
- UHE Dona Francisca (Dona Francisca)
Pode atingir: Faxinal de Soturno, São João do Polêsine, Agudo, Paraíso do Sul, Restinga Seca, São Sepe, Formigueiro e Cachoeira do Sul
- Complexo Toropi
Pode atingir: São Pedro do Sul, Mata e Toropi
- Barragem de Putinga