O que ocorre tipicamente neste período?
O trimestre de junho, julho e agosto encerra a estação do outono e dá início ao inverno no Hemisfério Sul. De acordo com a climatologia, a chuva média nesses meses é a menor do ano em Santa Catarina, sobretudo nas áreas litorâneas, Vale do Itajaí e norte do estado, com valores mensais variando de 90 a 130 mm. Já nas cidades do Grande Oeste e Planalto Sul, a precipitação oscila de 110 a 180 mm.
Um evento de El Niño irá se configurar?
Com as águas do oceano Pacífico Equatorial mais aquecidas, prevê-se a configuração de um evento de El Niño durante o inverno, com intensidade moderada a forte.
Como fica a chuva no trimestre?
De maneira geral, a previsão indica chuva dentro da média climatológica para o trimestre. Em relação a cada mês individualmente, prevê-se que em Junho a precipitação fique dentro dos valores normais climatológicos para todo estado. Já nos meses de Julho e Agosto, a tendência é de chuva dentro a acima da média. Nestes meses, o fenômeno El Niño já poderá influenciar no regime da precipitação em Santa Catarina.
Como fica a temperatura no trimestre?
Em relação às temperaturas, espera-se um inverno com temperaturas na média a acima da normal climatológica para toda Santa Catarina. Assim, a previsão é de menos massas de ar frio atuando no estado. Porém, isto não exclui a possibilidade de ocorrência de geadas, episódios de frio intenso, precipitação invernal (como neve). É importante ressaltar que os eventos de frio devem ocorrer, mas não serão duradouros.
Principais riscos no período
Com a previsão de chuvas dentro a acima da normal climatológica no período, a tendência é que a estiagem na região do Grande Oeste seja amenizada e até revertida nos próximos meses. Ainda, por conta disto, há chance de eventos de chuva volumosa, com risco para inundações, enxurradas e deslizamentos.
Para as temperaturas, principalmente quando uma massa de ar frio de origem polar atuar no estado, podemos ter registros de temperaturas negativas, frio intenso, precipitação invernal, congelamento de pistas. Então, ressalta-se a atenção com a população mais vulnerável (idosos, crianças, enfermos, moradores de rua), com animais domésticos, se manter aquecido, agasalhado e beber bastante água.
Ainda, danos causados por eventos de agitação marítima e ressaca no litoral catarinense devem ser menos frequentes em relação a um inverno típico. Os nevoeiros se tornam mais comuns, trazendo risco para a navegação e o trânsito.
Texto Ana Luiza Dors Wilke, Victor Meireles