O aumento do número de casos de câncer no mundo vem exigindo ações imediatas e a detecção precoce e o início breve do tratamento são apontados pela Organização Mundial da Saúde como ações fundamentais. Em Santa Catarina o esforço é para que a legislação de proteção ao paciente oncológico seja respeitada, com o início de tratamento em no máximo 60 dias.
Desde o lançamento do Programa Estadual de Cirurgias Eletivas, foi determinado que os pacientes oncológicos recebessem prioridade no atendimento. Como resultado desse trabalho gigantesco, que envolve instituições hospitalares e profissionais da saúde, 6.486 pacientes com câncer passaram por cirurgias.
“Neste mês estamos completando 10 anos que a Lei dos 60 dias foi implementada. Esta lei deixa claro que todos os pacientes com câncer devem ter acesso em no máximo em 60 dias para cirurgia, quimioterapia e radioterapia e esta é a nossa meta, independente da faixa etária, os pacientes com câncer devem ser atendidos o mais rápido possível”, afirma a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, autora da Lei quando deputada federal.
Atualmente a fila de pacientes oncológicos que aguardam por cirurgia e que deram entrada antes de 30 de janeiro soma 762 pessoas. São pacientes que, por razões variadas ainda não puderam realizar o procedimento, seja por estarem em tratamento quimioterápico ou radioterápico, ou ainda com quadro gripal e agravos que impeçam a cirurgia no momento. “Nós estamos realizando uma busca ativa aos pacientes, alguns por estarem há mais tempo na fila, temos dificuldade de contato”, explica a secretária.
Dos pacientes que deram entrada na fila este ano, são 2118. Esses pacientes estão recebendo acompanhamento, já realizaram as consultas e seguem em tratamento.
TRATAMENTO INFANTIL
Em Santa Catarina há 5 serviços oncológicos infantis nos municípios de Florianópolis, Chapecó, Blumenau, Joinville e Criciúma. Atualmente 13 crianças aguardam por cirurgia, sendo 9 deste ano e 3 de anos anteriores. Há também 20 que estão em tratamento fora do Estado para a realização de cirurgia de medula óssea.
“Quem tem câncer, tem pressa e quando falamos de crianças isso se torna ainda mais forte. Estamos cumprindo as metas no Estado e agora queremos reduzir ainda mais esse tempo,” complementa Carmen Zanotto.
Informações Secom