Maior produtor nacional de carne suína, Santa Catarina segue ampliando os embarques do produto em 2020.
No primeiro semestre do ano, o estado exportou 243,8 mil toneladas de carne suína, com faturamento de mais de US$ 545,8 milhões. Esses são os maiores valores já registrados por Santa Catarina desde o início da série histórica, em 1997.
Santa Catarina respondeu por 56% de toda carne suína exportada pelo Brasil durante o ano. De janeiro a junho, o estado ampliou em 20,6% a quantidade embarcada para outros países e em 38,6% o faturamento em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em maio, os catarinenses registraram o recorde histórico nas exportações mensais de carne suína e, mesmo com uma pequena queda, junho manteve esse resultado acima do esperado. “Para que se tenha uma ideia, junho trouxe o segundo maior valor exportado num único mês em toda a série histórica, ficando atrás apenas de maio deste ano. E as perspectivas seguem bastante favoráveis, com a projeção de um novo recorde de exportações para este ano”, explica o analista da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl.
O crescimento nas exportações traz mais tranquilidade ao setor produtivo catarinense e deve equilibrar a queda na demanda interna em decorrência da crise econômica gerada pela Covid-19. O gerente executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes (Sindicarnes-SC), Jorge Luiz de Lima, ressalta que os resultados do primeiro semestre deste ano trazem uma perspectiva de crescimento após a pandemia, com melhoria de mercado e aumento nas vendas externas.
A China é o principal mercado internacional da produção catarinense, com 139 mil toneladas adquiridas – um crescimento de 87,2% em relação ao primeiro semestre de 2019. O gigante asiático é o destino de 60,4% das exportações da carne suína produzida em Santa Catarina, gerando US$ 329,9 milhões em recursos. No primeiro semestre de 2020, o faturamento com os embarques para a China aumentou em 110,8%.
Outros mercados importantes para a suinocultura catarinense são Hong Kong, Chile, Japão e Cingapura. Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
Informações Secom – foto Keli Camiloti