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19 anos de prisão para homem que matou próprio pai e tentou matar irmã e cunhado em Saudades

Um homem denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pelo homicídio do próprio pai e pela tentativa de homicídio da irmã e do cunhado foi condenado, nesta terça-feira (26), a 19 anos de prisão em sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Pinhalzinho. Com prisão em flagrante convertida em prisão preventiva desde os fatos, o réu não poderá apelar da sentença em liberdade.

 

A ação penal da Promotoria de Justiça da Comarca de Pinhalzinho relata o crime que ocorreu no final da tarde de um sábado, dia 10 de outubro de 2020, quando R. S., embriagado, com ciúmes infundado da companheira e por isso incomodado com a presença de seu pai, A. S., em sua casa, ligou para a mãe mandar um táxi para buscar seu genitor.

A mãe, no entanto, sentindo que o filho estava alterado, pediu para a filha R. S. e seu companheiro, M. B., irem até o local verem o que estava acontecendo e trazerem o homem para casa.

Ao chegar à casa do irmão, a mulher foi agredida com um tapa pelo acusado e lançada contra uma parede. Nesse momento, ele pegou uma das três facas que tinha consigo e desferiu dois golpes nas costas da irmã.

O réu só não conseguiu matá-la porque foi interrompido pelo pai e pelo cunhado, que o afastaram dela. Porém, ele ainda atacou o pai com uma facada no tórax, que causou sua morte, e em seguida ainda acertou uma facada na cabeça do cunhado, que ainda tentava imobilizá-lo. 

Mesmo ferido, a vítima ainda conseguiu conter o acusado até a chegada da Polícia Militar, que o prendeu em flagrante.

O réu foi condenado pelo homicídio do pai, agravado por tratar-se pessoa idosa, de 68 anos, e pelas tentativas de homicídio da irmã – qualificada pela impossibilidade de defesa e por feminicídio e agravada por ela estar grávida – e do cunhado.

O Promotor de Justiça Bruno Poerschke Vieira, que representou o Ministério Público perante o Tribunal do Júri, considerou, após o julgamento, que “o Conselho de Sentença, após avaliar todas as argumentações do Ministério e da defesa, mais uma vez fez justiça, agindo com a consciência de coletividade, ao aderir às teses do Ministério Público, instituição que protege a vida e o direitos da sociedade, nessa tragédia familiar, que chocou a comunidade de Saudades”.

Informações e foto MPSC