Saúde

Novembro Azul: Campanha alerta para cuidados com a saúde do homem

Neste mês que se inicia as atenções ficam voltadas à saúde do homem. A campanha Novembro Azul busca conscientizar sobre as doenças masculinas, em especial o câncer de próstata, que de acordo com dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) é a segunda doença que mais mata homens em Santa Catarina.

 

O câncer de próstata é silencioso e apresenta sintomas apenas nos estágios mais avançados, por isso a importância da prevenção. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a partir dos 45 anos todo homem deve se consultar com um urologista anualmente para fazer o exame preventivo. Com duas exceções, pessoas que têm histórico familiar de câncer de próstata e homens negros, que possuem de duas a três chances a mais de desenvolver a doença. Nesses casos, o exame preventivo deve começar aos 40 anos.

De acordo com o médico urologista José Orlando de Farias Júnior, muitas vezes por medo ou desconhecimento, homens deixam de fazer a consulta e só vão ao médico quando os sintomas começam a afetar sua qualidade de vida. O câncer de próstata pode se manifestar na dificuldade para urinar, dor nas costas, cansaço constante ou emagrecimento drástico sem causa aparente. O médico alerta para a complexidade do tratamento conforme a doença avança. “Prevenção é tudo. Tudo que você consegue detectar no início a solução é muito mais simples, muito mais rápida e tranquila”, sintetiza.

Por razões sociais muitas vezes o homem negligencia a própria saúde em nome do status de infalível, como afirma o urologista. Segundo ele, a campanha do novembro azul aprende com o exemplo feminino. “É muito importante essa atenção que a sociedade dá no mês de novembro, porque a saúde masculina é um assunto que está sendo construído aos poucos. O homem por uma questão cultural acaba se achando super-homem. Essas campanhas alertam que o homem não é imune a algumas doenças. A gente tenta se aproximar do que já se construiu com a saúde feminina. As mulheres têm muito a nos ensinar, porque culturalmente tem esse cuidado e essa preocupação com a saúde”, explica.

Informações Secom – Foto: Julio Cavalheiro